20080902

José Carlos Ary dos Santos in Cadernos Biográficos 7, Paulo Marques

Fazer versos é, para mim, uma função tão natural ou necessária como dormir, comer ou fazer amor.

Natália Correia descreve-o como: «o sensualão dos cheiros lisboetas, o pária com sobretudo de gola astracã, o rei-bobo guizalhando chalaças para ter como súbditos todos os aplausos do mundo, o sentimentalão social que se desnuda para dar a roupa aos pobres, o eterno amante sem amor, enchendo esse vazio com risadas que sabem a gente. E tudo isto fundido numa infância agigantada que tirita de solidão pedindo agasalho nos seus versos.»

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