Onde a água sabe a terra...
As ilhas “funcionam” duas a duas, acabando assim por estarem todas ligadas (...)
Todos os açorianos deviam ter por direito, na sua Constituição, conhecer todas as ilhas do arquipélago. (...)
Como poderá ser não sentir o Alentejo em Santa Maria, aquela secura, aquelas casas, aqueles trilhos, o Pico Alto?; (...)
Quem não tenha, por fim, ficado deslumbrado com inigualável beleza estonteante, luxuriante, e não sei quantos mais adjectivos desses ditos de boca aberta, das Flores;
E quem não tenha conhecido as ruas estreitas do Corvo?
Passado um ano e meio termino o conhecimento de todas as ilhas do arquipélago, no Caldeirão do Corvo, e o meu cérebro já só pensa em fundo azul e verde!;
e a minha boca bebe água a saber a terra...
Uma terra, no meio do mar!
*
(...) gaivota voando ligeira;
rola-do-mar de perna vermelha, sabes ser essa onda de sal e
sentido.
E eu sou um poema
gota-de-água-pequena
nesse azul imenso mar...
*
(...) O Arco 8 não é de Santa Clara. É da Cidade.
É Intercultural. É dos filmes e festivais. É Azorean. Panazorean!
É da Terra, e não é da Lua! É da Luna!
É da Terra, e não é da Lua! É da Luna!
*
(...) Se eu soubesse falar a língua do teu corpo, esse nosso português seria Novo, Acordo Coreográfico. (...)
*
Olho as horas e a cada tic na agulha do tac lá estás tu no ponteiro desses segundos tão breves em que o meu pulso cruza o espaço do teu. (...)
*
Desarrumar o alfabeto todo no chão do quarto (...)
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